domingo, 28 de outubro de 2012

QUE DEUS É ESSE?

Nas últimas horas, pós resultado das eleições municipais, nos pronunciamentos dos eleitos prefeitos, é dado a DEUS o crédito principal pela vitória: " Em primeiro lugar, agradeço a Deus...".

Mas que Deus é esse que, em meio a um desastre natural no Caribe e nos Estados Unidos, consegue reservar tempo para mexer os pauzinhos e dar a vitória nas eleições  para brasileiros preferidos por Ele em meia centena de cidades brasileiras?

Que Deus é esse que dedica, no mínimo, nove horas de um domingo, em meio a tantas mortes no Oriente Médio, a tantas mortes e sofrimentos pelo mundo afora? Que deixa de ficar ao lado dos Médicos Sem Fronteira para ficar aqui, abaixo da linha do Equador, ajudando esses caras a ganha eleições municipais?

Não sei se me sinto penalizada por Deus ou por nós brasileiros.

Será que, de fato, os políticos acreditam nisso? Ou é mais um lugar-comum, frase de efeito, vícios de discurso?

E me pergunto: se a gestão desses carísssimos prefeitos não der certo, a responsabilidade também será atribuída a Deus?

Pai, por que eles?

sábado, 27 de outubro de 2012

De que felicidade estamos falando

Mas, afinal, de que felicidade estamos falando?

Que inferno!!!!! É um tal de "seja feliz", "o importante é ser feliz", "desejo somente que seja feliz".

Gente, esse negócio de ser feliz virou tão lugar comum, e ao mesmo tempo tão obrigação, que me parece que todos são zumbis andando por aí, sem rumo, sem bússola, desnorteados, buscando um não sei o quê, não sei onde?

Que raio de felicidade é essa, em que consiste? Que sentimento é esse? Ele existe?

Fui buscar um pouco de entendimento no site http://filosofia.com.br e encontrei lá a sinopse do filme À procura da felicidade http://filosofia.com.br/vi_filme.php?id=41.

Veja o filme. Pense mais e mais e mais antes de falar em felicidade.
Essa espera insana por esta tal felicidade resultará numa geração infeliz. Creia-me.

Como você, leitor, poderá comprovar, a felicidade não é cabelo liso nem barriga de tanquinho. Tá mais para intestino do que para cocô.

O conceito de Felicidade nasceu na Grécia Antiga: para Tales era feliz quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada. Para Demócrito a felicidade era a medida do prazer e a proporção da vida (evitando-se os excessos). Já para Aristipo somente o prazer é bem, porque é algo desejado por si mesmo. A Felicidade seria a soma de todos os prazeres particulares (passados e futuros). Mas para Platão não era assim, a felicidade não está no prazer, mas sim na virtude. Os felizes só são felizes porque possuem a justiça e a temperança; os infelizes são infelizes porque possuem a maldade. Todos os conceitos de liberdade até aqui dizem respeito a situação do homem no mundo. Mas Aristóteles amplia o conceito de Felicidade definindo-a como certa atividade da alma realizada em conformidade com a virtude. Assim as pessoas podem possuir três tipos de bens: os exteriores, os do corpo e os da alma. Os bens exteriores cumprem uma função utilitária de instrumentos, além do qual se tornam prejudiciais a quem os possui e por isso tornam-se inúteis. Os bens espirituais ao contrário quanto mais abundantes mais úteis. A Ética pós-aristotélica ocupou-se exclusivamente da Felicidade do sábio. O sábio é aquele que acha a Felicidade em si mesmo.

 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Início da caminhada

Olá, todos.

Inicio, hoje, uma tarefa difícil: pensar publicamente, fazer contrapontos, duvidar ... sempre, buscar a verdade do momento.

As verdades são sempre construídas para satisfazer as necessidades de um alguém, num aqui e num agora.

Vou caminhar para identificar, analisar, criticar, apoiar este alguém ou este algo que está locado num espaço e num tempo.

Este blog existirá para que a minha, a sua, a nossa boca possa ser aberta.

Boca da Verdade. Boca do Inferno. Boca Rosa. Boca do Lixo. Boca do Forno. Boca da Noite.

ELE NÃO SABE SOBRE O QUE FALA

Ulalá!

No debate de hoje, transmitido pela Globo, o candidato Haddad chamou a atenção do candidato Serra sobre o uso inadequado da palavra reciclagem para se referir à formação continuada dos professores.
Haddad afirmou que a palavra não se "adéqua".

Ai, meu DEUS!!!!!!! Acadêmico, ex-ministro da educação, usando o verbo adequar de forma errada>>>......

Professor Haddad, o  verbo adequar é um verbo defectivo.
Isso significa que este verbo não tem as três pessoas do singular e a 3a do plural (=eu, tu, ele e eles) do presente do indicativo e, consequentemente, nada no presente do subjuntivo.

É o roto falando do rasgado!!!!!